Gabinete de segurança de Israel é favorável a ataque contra Irã, diz jornal
A maioria do gabinete de segurança de Israel é favorável a um ataque contra o Irã, mesmo sem o acordo dos Estados Unidos, segundo o jornal israelense Maariv. Oito dos 14 ministros aprovariam ataques preventivos contra as instalações nucleares iranianas, para impedir a fabricação de uma bomba nuclear pelo regime de Ahmadinejad.
Segundo o jornal israelense, o gabinete ainda deverá realizar uma reunião decisiva sobre o assunto, que já foi discutido secretamente diversas vezes entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seus ministros. Ben Caspit, jornalista do Maariv, lembra que, desde que voltou de sua visita a Washington, onde se reuniu com Barack Obama, Netanyahu ainda não consultou o gabinete e seus ministros mais influentes.
O premiê e o presidente israelense Shimon Peres estiveram nos Estados Unidos no início de março para discutir o programa nuclear iraniano. Israel tem lançado ameaças constantes de ataques contra o Irã, suspeito de fabricar a bomba atômica. Um relatório apresentado no ano passado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) mostra que o país já conhece todas as etapas de fabricação da arma nuclear. Os inspetores da agência, na última visita ao Irã, não puderam visitar os complexos militares iranianos, entre eles o de Qom, que já enriquece urânio a 20%, e a usina de Pachin.
Durante um discurso em uma reunião da Aipac, grupo de lobby israelense, Obama declarou que iria privilegiar a diplomacia para resolver o conflito, mas uma intervenção militar não estava descartada caso o diálogo não fosse possível e as sanções contra o regime de Ahmadinejad não surtissem efeito. O presidente voltou a reafirmar que a segurança de Israel era primordial para os Estados Unidos.
Paralelamente, o chefe do estado-maior das forças armadas, o general Benny Gantz partiu nesta quinta-feira para o Canadá e os Estados Unidos, onde deve se encontrar com membros do governo e militares. A imprensa israelense acredita que a ameaça iraniana estará no centro das discussões.
Michelle Vilela
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