Jerusalém
Israel considera o Irã um perigo "evidente e atual", afirmou nesta
quarta-feira o ministro israelense das Relações Exteriores, Silvan
Shalom, depois que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que
o Estado israelense deve ser "riscado do mapa".
"Achamos que o Irã está tentando ganhar tempo (...) para poder
desenvolver uma bomba atômica", assinalou Shalom em coletiva de
imprensa, quando destacou: "O Irã é um perigo evidente e atual".
Ahmadinejad afirmou em um discurso realizado na conferência denominada
"O mundo sem sionismo" nesta quarta-feira que Israel deve ser "riscado
do mapa" e que uma "nova onda de ataques palestinos" vai destruir o
país, de acordo com informações divulgadas pela mídia estatal iraniana.
Essa é a primeira vez em muitos anos que um dirigente iraniano defende
em público o fim do Estado de Israel, apesar dos chamados deste tipo
integrarem a propaganda do regime.
"Qualquer um que reconheça Israel [como país] vai queimar fogo da fúria
da nação islâmica, enquanto que qualquer líder [islâmico] que reconheça o
regime sionista estará permitindo a derrota do mundo islâmico", disse o
presidente.
Resposta americana
Em resposta, o porta-voz do governo americano, Scott McClellan, afirmou
que as declarações de Ahmadinejad "confirmam as inquietudes americanas"
sobre as supostas ambições do governo iraniano em desenvolver armas
nucleares.
"Acredito que [as declarações do presidente iraniano] confirmam
simplesmente o que dizemos sobre o regime do Irã", afirmou McClellan
para a imprensa nesta quarta-feira.
Os Estados Unidos acusam o Irã de procurar desenvolver armas nucleares, o
que é negado pelo governo iraniano. De acordo com autoridades desse
país, o desenvolvimento da tecnologia nuclear é necessário para o
provimento de combustível nuclear a estações geradoras de energia.
Entretanto, o Irã desenvolveu mísseis balísticos capazes de atingir
Israel.
Os iranianos também são acusados de fomentar a ação de grupos
extremistas palestinos, financiando suas atividades, o que também é
negado pelo governo.
Ariella Cintra
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